sábado, março 29, 2008

Revivendo a lua-de-mel

Começamos o dia de forma preguiçosa e só fomos sair do apartamento de Palermo por volta da hora do almoço. Como íamos para o hotel, arrumamos todas as malas e rachamos um táxi até o centro.
Fizemos um check-in rápido e logo saímos para dar uma volta pelos arredores.
Aliás, uma pausa para falar do hotel Colón: uma beleza de lugar, certamente fora do nosso poder aquisitivo, mas como tínhamos o suporte da empresa, aproveitamos bastante todo o conforto e, por que não dizer, luxo. Tínhamos a Avenida Nueve de Julio

Quando a fome bateu, optamos pelo mais rápido e fácil e apelamos para o Palacio de la Papa Frita, um velho conhecido da época da nossa lua de mel.

Aliás, relembrar a nossa lua de mel foi o que mais fizemos nesse retorno a Buenos Aires.
Estávamos em uma situação bem diferente e com muito mais compromisso, pelo menos do meu lado, mas foi muito bom poder reencontrar alguns lugares que nos ajudaram a começar bem a vida de casados.
E conhecer outros lugares que só aumentaram a lista de lugares "para voltar" em uma próxima visita.

Voltando para o hotel, combinamos de ir até a Plaza Serrano e tomar umas cervejas no Malasartes Bar, uma indicação do meu amigo "novo portenho". Do nosso hotel saímos eu, a Minha Mineira e minhas duas colegas de curso. Com meu amigo, éramos cinco pessoas bastante felizes e despreocupadas.

Depois de um par de horas bem agradáveis, nos despedimos do meu amigo, combinamos reencontros ao longo da semana e pegamos um táxi de volta para o hotel.
A minha festa acabaria na manhã seguinte, mas a da Minha Mineira continuaria até o outro final de semana.

Gastos:
Táxi - $ 2,00
Almoço - $ 77,50
Água - $5,50
Táxi - $ 5,00
Malasartes - $ 80,00
Táxi - $ 5,00

sábado, março 15, 2008

Novamente "los boludos"

A exemplo do que havia acontecido cerca de um ano antes, por conta de um curso que a empresa me ofereceu, fui viajar para participar da semana presencial de encerramento, junto dos colegas de diversas outras partes do mundo.
Infelizmente para alguns de nós, o destino da semana final não era a Europa, mas sim um dos nossos mais tradicionais vizinhos: depois de menos de três anos, lá estava eu de volta à Argentina.

Apesar de ter ficado meio decepcionado por não ter ido para Barcelona como a turma anterior à nossa, achei que o destino até poderia estar sendo generoso ao me mandar para Buenos Aires na mesma época em que um grande amigo estava passando uma temporada por conta de outro programa da empresa, desta vez de rotação de função de trabalho.
Seria bom revê-lo e ainda melhor poder curtir mais uma viagem com a Minha Mineira que, a exemplo do que havia acontecido na Espanha, teria hotel grátis e tempo para passear.

Chegamos a BsAs depois de uma viagem tranquila e tomamos um táxi para a casa do meu amigo.
Ele morava em um prédio baixo em Palermo e estava em casa nos esperando. Depois de vários cumprimentos, deixamos as malas e fomos almoçar em um lugar chamado Paté, com comida boa, mas cara.
Na sequência voltamos para o apartamento e ficamos esperando uma das minhas colegas de curso que chegaria naquela mesma tarde.

Logo depois da chegada dela, conversamos um pouco e resolvemos jantar na Recoleta.
Tomamos um táxi e escolhemos o Locos por el fútbol, um restaurante temático onde o tema principal era mais do que óbvio. A comida era razoável e tomamos várias cervejas enquanto ficávamos meio tontos ao tentar acompanhar os inúmeros jogos diferentes que eram exibidos nas também inúmeras televisões e telões do salão principal.

Na hora de ir embora, um passeio rápido por uma Recoleta apinhada de gente e outro táxi para o apê do meu amigo.
No dia seguinte iríamos para o hotel e na segunda começaria o curso.

Gastos:
Táxi - $ 88,00
Gorjeta - $ 2,00
Almoço - $ 162,50
Jantar - $ 151,00
Táxi - $ 18,00

sábado, outubro 27, 2007

O último dia

No último dia de Porto resolvemos fazer uma retrospectiva e registrar os pontos altes e baixos da viagem.

Primeiro os baixos:
- na baixa temporada a cidade tem uma diminuição drástica no número de atendentes e na qualidade do serviço, o que dificulta muito a vida dos turistas;
- a Taípe Turismo não se esforçou muito para nos atender;
- não se deve comprar nada na praia, a não ser que seja imprescindível; na cidade é tudo cerca de 5 a 6 vezes mais barato;
- a venda da Sancatur, a agência que usamos, teve várias incorreções, sendo o custo maior do hotel a maior delas; além disso, eles haviam nos prometido um brinde, o que não aconteceu;
- o hotel Boulevard da Praia é médio, mas tem serviço desleixado, principalmente se você não comprar os passeios que eles, eventualmente, ofereçam; o serviço de quarto não troca as toalhas e roupas de cama todos os dias; isso nos leva a concluir que a escolha do hotel deve ser baseada em experiências de conhecidos e não em folders ou na Internet.

Na sequência, a parte boa:
- o tempo esteve perfeito, mesmo com uma nuvem aqui e outra lá; se não fosse o protetor solar, estaríamos perdidos;
- a infraestrutura é grande e a chance de encontrar opções de hospedagem e alimentação vai no mesmo caminho;
- o turismo é popular, portanto, os preços tendem a ser mais acessíveis;
- a variedade de cozinhas é grande, mas não garante a qualidade;
- o transporte não é complicado e com paciência se consegue ir a todos os lugares;
- o povo é gentil, mesmo que não esteja tentando te vender alguma coisa.

Na sequência, o relato do dia...

Acordamos às 06:30, tomamos café, demos uma besuntada básica e pegamos o ônibus para o city tour tardio. A ideia era passear pela cidade e ir à praia logo depois de voltar ao hotel.

O ônibus fez a tradicional via sacra pelos hoteis e novamente não teve muito sucesso de público. Parece que Porto Seguro exerce um grande fascínio noturno nos turistas e eles só se animam a acordar cedo se o passeio for muito bom.

Paramos no centro histórico da cidade, um conjunto de igrejas, casas e outras construções antigas que contam a história da cidade e, por consequência, do Brasil.

O passeio é interessante, mas muito rápido e cronometrado.
O guia nos acompanhou por uns 20 minutos e nos deu explicações de almanaque para cada parte do lugar.
Um exemplo de despersonalização do programa foi o tempo gasto em frente à igreja Matriz e ao marco do descobrimento. Ele foi metade do tempo gasto em uma barraquinha que vendia licor de jenipapo e chocolate natural.

Mais duas impressões ruins:
- Os guias que seriam os responsáveis pelos nossos passeios sumiram e no lugar deles veio o Lucimar, um educado mas não muito eficiente guia. Depois descobrimos que o Amauri e a Fernanda estavam acompanhando um grupo bem maior e, provavelmente, mais rentável.
- Descobrimos que, logo após nos deixar, o motorista do ônibus foi buscar outro grupo, talvez até mais do que um, o que tornava quase obrigatória a nossa saída no horário marcado.

Admito que esse tipo de otimização melhora o rendimento de um negócio tão competitivo quanto o turismo, mas é preciso um pouco de preocupação com a satisfação de cada tipo de cliente.
Nós, por exemplo, não gostamos da despersonalização e da massificação, mas é possível que a maioria nem ligue.

Voltamos ao hotel, trocamos de roupa, nos besuntamos e voltamos à Barraca do Gaúcho.
Cerveja, iscas de peixe, queijo coalho e tiara de tererê para a Minha Mineira.
Voltamos ao hotel pela última vez, tomamos banho, arrumamos as malas e fizemos o check-out.

Dormimos durante todo o trajeto para o aeroporto e fizemos o check-in com tranquilidade.
Vendo TV nos deparamos com uma surpresa final na viagem: esqueci meu celular no ônibus e só descobrimos isso por que uma corretora de imóveis me ligou, o motorista atendeu e logo depois a mesma corretora ligou para a Minha Mineira.
25 tensos minutos depois, já estávamos na fila do embarque quando o motorista chegou.
Agradeci, esqueci de dar gorjeta e dei um beijo na maquininha chata, mas indispensável.

Depois do susto, embarcamos sossegados e fizemos um bom vôo, incluindo a escala.
O saldo final da viagem foi bom e a Minha Mineira ficou com vontade de ficar mais tempo. Já eu curti muito o presente de aniversário, provavelmente o melhor da minha vida, mas já estava cansado de serviço desleixado e queria mais o aconchego do nosso lar.

Valeu, Bahia!
Até daqui a três anos, se o Senhor do Bonfim assim o permitir!

Gastos:
Acarajé - R$ 3,00
Água - R$ 2,00
Lembrança - R$ 2,00
Tererê - R$ 20,00
Queijos - R$ 4,00
Gaúcho - R$ 32,10
Hotel - R$ 15,00
Águas - R$ 4,00

Gastos gerais da viagem: R$ 782,65, fora o pacote.

sexta-feira, outubro 26, 2007

A praia mais bonita

Acordamos às 06:00, nos besuntamos e já saímos de mala e cuia para o café e o passeio.
Passamos para pegar o pessioal que havíamos conhecido no dia anterior e mais um casal em um hotel do Centro.
O trajeto até a Praia do Espelho durou cerca de duas horas, passou por fazendas de búfalos e terminou em uma esburacada estrada de terra.

A tal Praia do Espelho era cheia de recifes e de falésias, o que não me chamou a atenção de início, mas depois que subimos o morro e tivemos uma visão da maré mais alta é que tivemos certeza de que havia valido a pena passar por tanto sacolejo.
Nos disseram que era a terceira praia mais bonita do Brasil e acabamos acreditando na propaganda.


Tiramos algumas fotos nas pousadas de beira de praia e partimos para o almoço em Arraial.

Depois de algum tempo de estrada chegamos a Arraial e seguimos pelas ruas estreitas até a praia de Pitinga.
Paramos na barraca Maré e ficamos curtindo beliscos e biritas até a hora de tomar o caminho de volta.
Para encurtar o caminho, pegamos a balsa e logo começamos a distribuir as pessoas pelos hoteis.
Chegamos, tomamos um banho e descansamos a carcaça.

Acordei de mau humor com a Minha Mineira perguntando sobre o nosso jantar.
Depois de alguns minutos de bicos e caras feias, decidimos comer no restaurante do hotel.
Essa decisão durou pouco mais de cinco minutos que foi o tempo que ficamos sentados esperando alguém aparecer para nos atender. Desistimos e fosmo para a rua em busca de alguma barraca aberta. Ponto negativo para o hotel.

Acabamos optando pelo restaurante do hotel Transoceânico, que ficava ao lado do nosso, onde curtimos uma bela canja e um fraco buffet de comida bahiana.
Voltamos saciados e fomos dormir querendo estar inteiros para o city tour do dia seguinte.

Gastos:
Passeio - R$ 40,00
Águas - R$ 6,00
Almoço - R$ 56,00
Sorvete - R$ 2,00
Tapioca - R$ 3,00
Caixinha - R$ 5,00
Jantar - R$ 44,00

quinta-feira, outubro 25, 2007

Recife de Fora

Acordamos às 6, nos besuntamos, tomamos café e nem tivemos tempo de voltar para o quarto quando o motorista da van chegou. Ele nos levaria até o pier municipal onde pegaríamos o barco até Recife de Fora.
Antes de chegar ao pier, passamos para pegar outras pessoas nos hoteis do caminho e enchemos a van.




















Alugamos as máscaras, os snorkels e os tênis e pagamos as taxas do IBAMA.
Compramos água e entramos na escuna.




















O barco estava bem cheio e o trajeto até o recife durou uns 40 minutos de algum sacolejo e muito sono da nossa parte.
Fomos o quarto barco a chegar e isso significou que teríamos menos tempo de visita: com a subida da maré, o recife "sumiria" e a brincadeira acabaria.
Aprendemos um pouco sobre o recife, sua fauna e sua flora e logo depois fomos ver alguns peixinhos nas pedras.
Vimos muitos bichinhos coloridos e recusamos diversas ofertas de fotos e filmagens e nos preparamos para ir embora.
A exemplo do que aconteceu no desembarque, evitamos o rush do único bote existente e fomos a nado. Eram só 30 metros de distância, mas a Minha Mineira chegou esbaforida.
Na volta, ficamos no convés superior, curtimos todo o sol do trajeto e compramos algumas camisetas do pessoal voluntário que atuava no recife.




















Fomos almoçar com o resto do pessoal da van e acabamos fazendo amizade e combinando um passeio para o dia seguinte: iríamos para a Praia do Espelho, Pitinga e Arraial. Serão dois passeios pelo preço de um.
O local do almoço era bem meia boca (a pseudo-churrascaria gaúcha, Vento do Sul), mas o preço compensava.
Antes de voltar para o hotel demos uma paradinha nas lojinhas perto do pier municipal.






















Depois do banho voltamos para o ponto com o objetivo de tomar um ônibus para Coroa Vermelha.
Não ficamos nem 5 minutos no ponto quando um taxista se ofereceu para nos levar pelo mesmo preço do ônibus. Aceitamos na hora.
Ele nos deixou no miolo do comércio pataxó e saímos caminhando em direção à praia.





















Chegamos ao local da primeira missa realizada no Brasil, seguimos caminhando pela orla e paramos em uma barraquinha chamada Point A onde curtimos mais cerveja e iscas de peixe.






















Voltamos pela rua do comércio e quase perdemos o ônibus de volta para o hotel por vontade de jogar na loteria. Seriam mais 30 minutos no ponto.




















Chegamos ao hotel e fomos direto para a cama. Nosso próximo compromisso seria um passeio noturno à Passarela do Álcool, cortesia de mais uma mudança de programação da Fernanda da Taípe Turismo.
Ficou a sensação de que, por ficarmos somente quatro dia, somos os últimos a opinar e temos que nos encaixar onde for possível. Coisas da vida.

Poucos minutos depois do combinado, entramos no ônibus da Taípe e fomos para o Centro. Conosco, meia dúzia de gatos pingados. Provavelmente, a maioria das pessoas preferiu sair só para o show da Banda Eva que aconteceria na barraca TôaTôa naquela mesma noite.
O ônibus nos deixou ao lado da Praça da Bandeira, pertinho do final da Passarela, por volta de 20:30.
Logo de cara um choque: o movimento era muito maior do que na noite anterior, inclusive no número de barracas.
A frequência também nos chamou a atenção: centenas de moleques por volta dos 20, provavelmente oriundos dos muitos ônibus da Forma Turismo, uma agência onipresente na cidade e com muito jeito de ser especializada em viagens de formatura de escolas e faculdades.
O número de cabecinhas lindas com tererê me deixou com saudade dos meus bons tempos, mas logo o estômago roncou e eu voltei à realidade.

Saímos andando no meio das barracas e escolhemos o restaurante Marujo´s. Comemos casquinha de siri (cortesia) e um abadejo a la belle meuniere. Também experimentamos o famoso Capeta, o veneno local. Tudo ficou com nota 6,5.

Compramos umas cocadas e voltamos para o local onde o ônibus nos encontraria.
A essa hora o povo já havia sumido e muitas barracas estavam desmontadas. Eram 22:15.
Ainda passamos em algumas lojas, mas felizmente não havia nada do tamaho ou do gosto da Minha Mineira.

Hotel, cama e sono para finalizar o dia.

Gastos:
Máscaras e snorkels - R$ 10,00
Passe do IBAMA - R$ 20,00
Água - R$ 2,00
Tênis - R$ 6,00
Almoço - R$ 24,50
Passeio - R$ 70,00
Adiantamento do passeio - R$ 20,00
Táxi - R$ 5,00
Barraca - R$ 38,00
Pulseira - R$ 3,00
Ônibus - R$ 5,00
Jantar - R$ 53,35
Cocadas - R$ 5,00

quarta-feira, outubro 24, 2007

Onde tudo começou

Dormimos bem e acordamos por volta das nove para pegar o café da manhã que se revelou decepcionante.

Nos besuntamos de protetor e fomos conversar com a guia sobre os passeios disponíveis para os dias seguintes. Acabamos reservando Trancoso para a quinta, Recife de Fora para a sexta e o city tour incluído no nosso pacote para a sexta.
O programa noturno, também incluído no pacote, ficou para a sexta e o destino será a Passarela do Álcool.
Fiquei com medo de gostar demais do lugar.

Pegamos algumas informações na recepção e fomos em direção à famosa Axé Moi, uma das barracas de praia mais famosas de Porto, com capacidade "oficial" para 15 mil pessoas.
Caminhamos pela praia em direção ao Centro, passamos por outras barracas menores (e vazias) e chegamos à dita cuja, uma verdadeira referência na praia, com palco, área para dança e centenas de mesas, tanto dentro do restaurante coberto quanto na areia da praia.
No caminho, a Minha Mineira soltou um termo que tem cara de blog: Pontas de Cabral. O termo faz referência às nossas visitas aos lugares de onde Cabral saiu e chegou quando descobriu o Brasil: estivemos na Torre de Belém em Lisboa e em Porto Seguro no mesmo ano.
Mesmo com a eventual polêmica sobre onde o portuga aportou de verdade, eu gostei da ideia.

Escolhemos uma mesa meio afastada da muvuca e pagamos o preço: atendimento desleixado e um assédio insano dos vendedores ambulantes (ou paralelos) de água de côco, água, óleo de côco e tudo mais que se possa imaginar e carregar na praia.
Ficamos uns 40 minutos, conseguimos tomar uma coca e uma água de côco e tivemos que implorar para pagar a conta.
A má impressão com o lugar durou até depois de pagarmos: a Minha Mineira reclamou, perguntou se o atendimento não estava devagar demais e ouviu que era assim mesmo já que naquela época quase não havia movimento. Como se o monte de gente que estava lá não merecesse atenção ou gentileza.
Ponto negativo para a Axé Moi.

Caminhamos no sentido contrário (nos afastando do Centro) e chegamos até a Barraca do Gaúcho, que havia sido recomendada pela guia turística do hotel.
O atendimento e a lotação não poderiam ser mais diferentes. Apesar de contar com apenas dois garçons, as 30 pessoas que ocupavam as mesas não tinham razões para reclamar.
Bem mais satisfeitos, almoçamos cerveja, iscas de peixe e camarão.

Voltamos para o hotel e fomos curtir um pouco mais de sol e cerveja na piscina.

















Depois do "castigo solar", banho e sono no quarto do hotel.

Um pouco mais tarde, saímos do quarto e fomos de ônibus até a barraca Barramares,onde aconteceria um luau. Acabamos concluindo o óbvio: cada barraca concentra suas atrações em uma noite diferente para concentrar a frequência e não competir uma com a outra.
Chegamos às 21:30 e vimos que tudo estava organizado em torno do luau, mas não sentimos muita firmeza e decidimos não entrar.
Pegamos um ônibus (errado) e fomos até o Centro.

Caminhamos em meio às barraquinhas e escapamos do assédio mortal dos restaurantes e barracas na Passarela do Álcool para acabar escolhendo o mais movimentado deles para o jantar.
A escolha do Cadillac foi mesmo pelo número de clientes, já que todos os lugares pareciam muito semelhantes. Critério by Lilão.

Comemos uma razoável moqueca de dourado e fomos embora na hora em que as barracas estavam sendo desmontadas.
Ficamos uns 30 minutos esperando no ponto e pegamos um ônibus cheio de gente indo para a Barramares.
Depois de certa tensão, descemos no ponto certo, chegamos ao hotel e nanamos gostoso.

Gastos:
Axé Moi - R$ 4,40
Fitinhas do Bonfim - R$ 4,00
Artesanato - R$ 4,00
Almoço - R$ 63,80
Ônibus - R$ 3,20
Ônibus - R$ 5,00
Jantar - R$ 47,10
Ônibus - R$ 3,20

terça-feira, outubro 23, 2007

Presente de aniversário

Descobri o destino da minha viagem de aniversário pouco antes de embarcar: vamos para Porto Seguro.
A Minha Mineira fez um segredo danado e se recusou a me dizer para onde íamos. Tudo para que o presente de aniversário fosse mais divertido. O trabalho dela ficou mais fácil por que eu não me esforcei muito para descobrir o lugar da comemoração.
Confesso que não fiquei muito empolgado pela escolha já que tinha referências de amigos que indicavam que Porto Seguro já não era tão atraente como antes, mas como eu já estava na fila do check-in, resolvi relaxar e aproveitar.

Depois do check-in, jantamos na Pizza Hut, tomamos um chope bem aguado e levamos uma 'quentinha' para dentro do avião. O cheiro empesteou toda a cabine, mas fingimos que não era com a gente e fizemos cara de paisagem.

O vôo até BH, nossa única escala, foi bem tranquilo, mas estranhamente não consegui dormir nem por um instante. Nem os 30 minutos que passamos na pista antes de decolar serviram para que Morfeu me vencesse.

Fomos recebidos pelo pessoal da CVC no aeroporto (era um pacote), esperamos um pouquinho e embarcamos no ônibus que nos levou em um trajeto bem tranquilo até o hotel, o Boulevard da Praia em Taperapuan. Não mais do que médio.

Antes de chegar ao hotel, recebemos as primeiras informações turísticas: o primeiro passeio sairia dali a cinco horas (chegamos no ínício da madrugada) e iria para Pitinga e Arraial.
Nem consideramos a possibilidade e formos dormir.

Gastos:
Salão - R$ 18,00
Táxi - R$ 90,00
Pizza - R$ 40,00

segunda-feira, março 12, 2007

A volta

Nosso último dia de Europa começou sobressaltado: perdemos a hora e acordamos cerca de 80 minutos depois do planejado.
Agarramos todas as nossas coisas, colocamos as primeiras roupas que vimos pela frente e saímos esbaforidos para pegar o táxi que, graças a Deus, ainda nos esperava. Com o taxímetro ligado, claro.

Felizmente o trânsito ajudou, nossa viagem foi tranquila e chegamos ao aeroporto exatamente na hora desejada: 07:40.

Não havia ninguém na fila do check-in, por isso não demoramos nada para passar por todas as etapas e logo estávamos tomando café na Harrod´s.
Já satisfeitos, nos dirigimos ao portão de embarque e ficamos esperando o momento de pegar o avião e voltar para casa.
Já estávamos no ônibus quando vimos a chegada de uma das minhas colegas de curso, que estava chegando naquele momento desde Madrid. Apesar da diferença de vôos e da correria, tudo havia corrido bem e voltaríamos juntos para Sampa.

O vôo foi tranquilo com pouca turbulência e direito a um sem número de filmes: "O funcionário do mês", "O grande truque", "Candidato aloprado", "Uma noite no museu" e "Dreamgirls".
Foi o suficiente para não ir ao cinema durante um mês.

Gastos:
Táxi - € 21,00
Harrod´s - € 10,00

Gastos gerais: € 910,02 e R$ 47,90

domingo, março 11, 2007

Compras e sol

Praticamente caímos da cama para poder chegar cedo à Feira do Relógio, um mercado aberto, basicamente formado por ciganos, onde se pode comprar de móveis a comida.
A nossa amiga comprou um casaco e um tênis para o enteado e a Minha Mineira comprou três blusas. Ela só não comprou uma bota por que a vendedora não tinha o tamanho certo.

Em seguida fomos ao estádio do Sporting, o igualmente belo e moderno José Alvalade, também conhecido como Alvalade XXI. Desta vez não conseguimos fazer uma visita guiada, mas valeu a pena chegar perto do estádio.


Fomos buscar o enteado da nossa amiga e voltamos para casa.
Enquanto ela o preparava para a viagem, eu e a Minha Mineira cuidávamos de incrementar as duas pizzas prontas que tínhamos para o almoço.
Almoçamos, nos despedimos, agradecemos muito o carinho e a hospedagem e ficamos um pouco em casa antes de sair para bater pernas novamente.

Seguimos as instruções do porteiro do prédio e de alguns pedestres que encontramos pelo caminho, conseguimos chegar até o ponto final do ônibus 751 e logo estávamos dentro dele a caminho do centro.
Como não havíamos carregado nossos cartões 7 Colinas, tivemos que usar moedas para pagar a passagem até Belém.
Descemos do ônibus e fomos visitar o maravilhoso Mosteiro dos Jerónimos e a bela igreja que fica ao lado dele. Tiramos um bom número de fotos e logo estávamos novamente devorando os pasteis de Belém.



Antes de seguir para o Centro, fomos dar uma olhada na parte externa do estádio do Restelo, que pertence ao clube Belenenses e que ficava ali do lado.


Pegamos novamente o bonde 15E e desta vez descemos no ponto final, a onipresente Praça da Figueira.
Compramos um bilhete diário para deixar de nos preocupar com o transporte e partimos para a Estação Oriente, onde fica o Parque das Nações e as construções feitas para a Expo 98.

Ainda na Praça da Figueira, pegamos o metrô na Estação Rossio (linha Verde).
Fizemos baldeação para a linha Vermelha na Estação Alameda e de lá seguimos até o fim, a Estação Oriente, por sinal, um espetáculo de concreto e ferro, com um monte de níveis, estacionamento, lojas e gente.

Passeamos no Centro Comercial Vasco da Gama e nos prédios dos arredores.


Fomos ao Oceanário e ficamos espantados com o tamanho do aquário central e dos peixes lá dentro.
Ainda hoje não entendo como os tubarões não comem os demais peixes, mas não pretendo arriscar nenhum palpite.
Curtimos bastante o passeio por todas as atrações do local, mas não conseguimos tirar muitas fotos por conta da proibição de uso de flash.
Na sequência demos uma volta no teleférico, visitamos os arredores da Torre Vasco da Gama e tivemos uma visão privilegiada da ponte de mesmo nome.



Saímos do Parque da Nações com a ideia de visitar a Pizzaria Casanova, recomendação de um casal de amigos, mas como não conseguimos achar o ônibus 28 (conforme informação conseguida no metrô), fizemos o trajeto de volta de metrô até a estação Rossio.



No Rossio, pedimos informações no quiosque de vendas de bilhetes e fomos caminhando até a Praça do Commércio para pegar o ônibus 754 até a Estação de Santa Apolônia.
Infelizmente não conseguimos achar o ponto do tal 754, mesmo com as placas dos pontos que mostram os ônibus e bondes que param em cada um deles, e nos contentamos com o 794.

Descemos em frente à estação de trens de Santa Apolônia e depois de mais algumas cabeçadas, finalmente conseguimos chegar à pizzaria, um lugar bem diferente, com entrada única pelos fundos, visão plena da cozinha, luzes para chamar os garçons (ou camareiros, na linguagem local) e uma pizza com massa finíssima, pouco recheio e sabor muito bom.
Tomamos um vinho tinto ralo, duas Super Bock, pagamos a conta e começamos a voltar para casa.
Eram 21:10 e ainda não sabíamos o tamanho da aventura que tínhamos pela frente.


Tentamos pegar o ônibus 794 de volta para o Centro, mas com medo da demora, pegamos um que ia até o Cais do Sodré e descemos (bem) depois da Praça do Commércio.
Andamos meio assustados pelas ruas desertas até a Praça da Figueira procurando pelo ônibus 751, mas não o achamos e fomos orientados a pegar qualquer um até o Cais do Sodré (ele de novo) e de lá pegar o 751.
Pegamos o 36 na Praça Dom Pedro IV e finalmente descemos no tal Cais do Sodré.
Procuramos informações sobre o 751 e descobrimos que ele não passava lá, por isso pegamos o bonde 15E (modelo antigo) e fomos até o Mosteiro dos Jerónimos, onde tínhamos a certeza de conseguir pegar o bendito ônibus.

Depois de uns 20 minutos de espera, finalmente entramos no 751 e respiramos mais aliviados.
Cerca de 90 minutos depois do início, a nossa jornada de volta para casa estava terminada.
Eram 22:50.

Arrumamos nossas malas, colocamos o relógio para despertar, chamamos o táxi e fomos dormir sem banho.
A preguiça e o sono foram maiores.

Gastos:
Feira - € 10,50
Ônibus - € 2,60
Pasteis - € 3,50
Bonde - € 2,60
Dinheiro perdido - € 1,00
Cartão - € 6,70
Oceanário - € 17,90
Teleférico - € 11,00
Pizza - € 25,00
Gorjeta - € 0,92

sábado, março 10, 2007

Entre pasteis e história

Precisamos da ajuda da nossa amiga para acordar e sair de casa.
Ela nos levou de carro e deixou ao lado da Torre de Belém, onde tivemos que esperar cerca de meia hora até a abertura dos portões e conseguir visitá-la por dentro.
Andamos bastante pelo lugar e sentimos um pouco o clima de caravelas e descobrimentos.



Em seguida fomos ao Padrão dos Descobrimentos onde vimos a impressionante escultura que parece querer entrar no Tejo e sair navegando e que foi feita em homenagem ao Infante D. Henrique, o pioneiro das navegações lusitanas.
Ao lado da escultura estava a belíssima Rosa dos Ventos, construída no chão e sempre muito congestionada de curiosos e suas sombras, o que dificulta muito a fotografia.



Caminhamos calmamente em direção ao Mosteiro dos Jerónimos, curtindo a bela arquitetura e pensando no trabalho que os portugueses devem ter tido para deixar tudo tão bonito e equilibrado.


Logo ao lado do Mosteiro estava um dos nossos destinos mais cobiçados: a loja dos pasteis de Belém, umas delícias feitas de massa folhada e creme de nata.




Cinco pasteis e dois cafés depois, pegamos o bonde 15E e descemos na Praça do Commércio.
Para pagar, usamos o Cartão 7 Colinas que havíamos comprado no Elevador Santa Justa e que permite acesso a todo o sistema de transporte da cidade, desde que devidamente carregado com dinheiro, claro.
É o bilhete único lisboeta.

Encontramos novamente com a amiga da Minha Mineira e pegamos o carro para seguir para Cascais.
O trajeto foi bem tranquilo e, depois de chegarmos, demos uma caminhada na orla e fomos almoçar em um restaurante com cara de pub inglês chamado Chequers.
Aliás, essa foi uma característica presente em toda Cascais: parecia que eles esperavam uma invasão de ingleses, de tão preparados para recebê-los e entretê-los com programas de esportes e comida.
Provavelmente esta estrutura vem do que foi montado para a Eurocopa de 2004.

No restaurante, pedimos um delicioso arroz de marisco, uma espécie de risoto bastante mais molhado, e tomamos vinho e a boa cerveja Super Bock que havíamos descoberto na noite anterior.


De Cascais seguimos para Sintra e no caminho paramos na praia do Guincho, um belo ponto de descanso dos portugueses, com sua areia fofa e seu mar agitado e gelado.
Paramos também no Cabo da Roca, o ponto mais ocidental da Europa Continental e, por consequência, o mais próximo que conseguiríamos chegar do Brasil estando no Velho Mundo.
O lugar era muito bonito e a ventania acrescenta um certo componente de perigo na paisagem.


A chegada a Sintra foi um pouco menos tranquila devido ao trânsito, por isso resolvemos deixar o carro no primeiro local livre e seguir a pé até o Centro Histórico.
Nosso objetivo era visitar o Palácio Real, mas chegamos 5 minutos atrasados e tivemos que nos contentar com as ruazinhas movimentadas e com a visão do antigo castelo mouro no alto da colina.
Visitamos a tradicional doceria Piriquita e voltamos para o carro pelo mesmo caminho que havíamos usado na ida.


Pegamos o carro e demos algumas voltas pela cidade até pegar a auto-estrada para Lisboa.
No caminho para a casa da nossa amiga, paramos no belíssimo Estádio da Luz, construído para a Euro 2004 e sonho de consumo de qualquer torcedor.
Fiz uma rápida visita guiada ao interior do estádio, tirei algumas fotos e depois fomos até a lojinha oficial e registramos nossa presença ao lado do Glorioso, uma das duas águias que simbolizam o Benfica e fazem apresentações antes do jogos do time no estádio.



Voltamos para casa, tomamos banho e saímos novamente, desta vez rumo ao Cais de Santo Amaro onde tomamos mais algumas Super Bock. Nesse lugar encontramos também um monte de lugares preparados para receber os torcedores ingleses. Bendita Euro 2004.



















Depois das cervejas, voltamos para casa e fomos dormir por que o dia começaria cedo a nossa amiga voaria para a Turquia com o enteado.

Gastos:
Torre de Belém - € 6,00
Pasteis - € 5,50
Almoço - € 55,00
Visita ao estádio - € 2,50

sexta-feira, março 09, 2007

Lisboa

Pelo terceiro dia consecutivo, acordamos cedo depois de uma noite agitada e nos preparamos para deixar Madrid logo cedo.
Tentamos tomar café no hotel, mas era muito cedo no hotel, mas era muito cedo e tivemos que voltar ao quarto, fazer o check out e ir embora.

Pegamos um táxi e descemos no Terminal 1 do aeroporto de Barajas.
Infelizmente descobrimos que a TAP estava no terminal 2 e tivemos que passear por boa parte do antigo aeroporto. O único consolo é que ela não estava no terminal 4 e não tivemos que pegar um ônibus para chegar lá.
Fizemos o check in sem problemas e tomamos um café rápido enquanto esperávamos a hora de embarcar.

O vôo para Lisboa foi tranquilo, mas desta vez não tomamos vinho nem conseguimos ver os estádios do Sporting e do Benfica.
A amiga da Minha Mineira estava nos esperando no aeroporto e pouco tempo depois estávamos na casa dela, no município vizinho de Oeiras, na Grande Lisboa.

Deixamos as malas, nos situamos geograficamente e partimos para a rua por que a amiga da Minha Mineira tinha que trabalhar.
Pegamos a Avenida da Índia, também conhecida como Marginal pela sua proximidade com o Tejo, e fomos até a Praça da Figueira no bairro da Baixa.
Deixamos o carro no estacionamento e fomos almoçar na Rua Augusta, um calçadão que une a Praça Dom Pedro IV (o nosso Dom Pedro II) e a Praça do Commércio, às margens do Tejo.

Comemos em um lugar cujo nome eu não me lembro, com mesas na calça e um toldo para proteger os clientes (e a comida) do vento e dos pedestres. Os peixes estavam bons e o vinho passável.

De lá seguimos pela Rua Augusta e fomos até a Praça do Commércio onde fomos abordados por inúmeros vendedores de maconha e haxixe. Ficamos meio espantados com a tranquilidade com que eles nos ofereciam a droga, mas depois nos lembramos que estávamos de férias e resolvemos deixar para lá.
Devia ser assim mesmo por aquelas bandas.



Depois de alguns minutos decidimos conhecer o Castelo de São Jorge, uma antiga fortaleza moura, e saímos nos perdendo pelas vielas e escadinhas da Baixa.
Como não sabíamos bem que caminho seguir, apesar de termos um mapa, acabamos optando pelo caminho mais longo e quase morremos antes de chegar ao castelo. Foram 45 minutos de uma caminhada bem dura.
Ainda bem que a visita valeu a pena e que o dinheiro das entradas foi bem gasto.



Subimos, descemos, entramos, saímos e, nos intervalos, fotografamos tudo no castelo, no Castelejo e na Torre de Ulisses, um observatório que permite uma visão de 360 graus à partir de um grande espelho.
Felizmente, na hora de ir embora, escolhemos o lado certo e não demoramos mais do que 15 minutos para chegar à Praça da Figueira.

Da Figueira fomos conhecer o Elevador Santa Justa e o bairro do Chiado, por onde caminhamos um pouco e visitamos a parte externa do Mosteiro do Carmo, uma bela igreja que foi parcialmente destruída em um antigo terremoto.



Demos mais algumas voltas nos arredores da Praça Dom Pedro IV e fomos tomas umas cervejas em um dos inúmeros restaurantes do entorno da Praça da Figueira.



Fomos encontrar a nossa amiga e voltamos para a casa dele onde jantamos um delicioso bacalhau empanado com batatas "ao murro".
Depois do jantar fomos passear no recinto da Expo 98, uma parte super moderna da cidade que foi construída para a tal "feira mundial" e que hoje abriga ginásios, bares, estações de metrô e shoppings, que eles muito compreensivelmente chamam de centros comerciais.

Voltamos para casa semi-mortos e dormimos como anjos.

Gastos:
Táxi - € 20,60
Café da manhã - € 14,10
Entradas do Castelo - € 7,50
Águas - € 1,25
Elevador - € 4,00
Cervejas- € 8,00